Um bom público presente, e tem mais gente chegando. Entre os presentes o presidente do sindicato dos trabalhadores , o Isaías, Apenas os vereadores Maciel de Serrania e Catita estiveram presentes representando a classe política da cidade, e outros.
O sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais se posiciona contra a presença das mineradoras na região, principalmente depois dos estragos deixados pela mineração em Mariana e também no ocorrido na Mineradora na região de Miraí. 
Luiz Paulo Siqueira realizou a palestra, apresentando fotos dos danos ecológicos causados pelas mineradoras em vários rios por onde passam. A água se torna um veneno, e se gasta muito mais para o tratamento, dependendo da quantidade de resíduos se torna imprópria.
Mata todos os peixes dependo da intensidade, apresentou fotos onde os rios se transforma em lama. Apresentou também as placas que ficam em volta das concentrações das mineradoras, e o povo presente deixou claro que não quer uma vizinhança assim. 
O Wagner questionou as informações de Luiz Paulo Siqueira, destacando que hoje mesmo teria aberto um site, na qual um muriaeense aparecia com um peixe enorme pescado no rio Muriaé. “E como você diz que não terá mais peixes, se em Muriaé vemos as pessoas pescando próximo a rodoviária da cidade de Muriaé. E água é tratada em Muriaé e a população é servida normalmente”?
Foi o momento que pessoas presentes tiveram a oportunidade de falar e ajudar a responder a pergunta de Vagner. Um dos palestrantes relatou que por pelo menos 2 x Muriaé já viu milhares de peixes morrendo nas águas.
Eu Paulo Roberto da Rádio, que nasci e fui criado entre Miraí e Muriaé, ví de perto os estragos da Barragem de Miraí. Expliquei que quando morei no Bairro da Barra, ví minha vizinha perder tudo na casa embaixo da minha, e que hoje, o Rio Muriaé está praticamente asfaltado de lama de bauxita, e que qualquer chuva com maior intensidade enche o rio Muriaé.
Devido as enchente em Muriaé, vários imóveis perderam valor, houve pessoas que morava de aluguel que fugiram das casas nas partes alagadas. Pessoas perderam parte de suas histórias nas enchentes, documentos, fotos de família, móveis, alimentos. A casa que era um sonho realizado, se transformou num pesadelo, e pior, perderam o valor de venda no mercado, e pra vender as dificuldades aumentaram.
Sobre a água, O Paulo Roberto da Rádio destacou que o tratamento da água é feito nas águas captadas em cerca de 80 % no Rio Glória, que integra as águas que descem do rio que nasce em Fervedouro e se junta com as água que nascem em Belisário. Esta água é tratada na Estação da Gávea. Os outros 20 % são água do Rio Pedro, que descem da região de Rosário da Limeira. Muriaé não utiliza água do Rio Miraí para tratamento e fornecimento à população , o único atingido pela mineração não sede água para tratamento na cidade.
Sobre os peixes: Já por várias vezes a população de Muriaé e visitantes se depararam com vários peixes mortos, pois com os rios asfaltados de bauxita, quando acontece uma ceca, as águas diminuem drasticamente, aumentando a temperatura da água e dificultando o oxigênio matando milhares de peixes. Muitos destes peixes que se veem no rio Muriaé hoje , com certeza são de rios vizinhos, que se aventuram a nadar e viver no rio depois.
Foto acima: Paulo Roberto da rádio- Arquivo 
Foto acima: Arquivo- Silvan Alves. 
Dona Rita Ribas veio de Monte Alverne, distrito de Miradouro, ela disse que já foram intensas tentativas da mineração de entrar em sua região ,mas que o povo lá sempre se mobilizou contra. Ela juntou alguns amigos e ainda cantou um dos clássicos da música brasileira incentivando a preservação. Ao final ainda leu uma poesia escrita por ela mesma: 
Esta senhora veio de Muriaé para dizer que devido ao sofrimento já causado pela mineração em Muriaé, ela veio ao debate para discutir em dizer “mineração aqui não” 
O diretor da escola Padre Alfredo Kobal também discursou, ele que como professor de Biologia disse que tudo tem que ser bem pensado e organizado. Demonstrando que todo progresso deve preservar a vida e o meio ambiente. Não deu pra gente acompanhar a colocação dele completamente, pois tivemos que sair por alguns minutos do evento para um outro compromisso, mas vamos tentar pegar com ele nesta quarta um definição melhor de seu discurso, afinal como professor , ele tem conhecimentos importantes a destacar.
Um homem que estava desaparecido desde Domingo, 27/08/17, foi encontrado morto em um açude, próximo à casa onde ele morava com a família no córrego da Neblina.
