Chamados para atender um incêndio em residência, o Corpo de Bombeiros de Manhuaçu encontrou um homicídio. O morador havia colocado fogo em madeiras para ocultar o corpo da vítima, identificado como Edimar Alves Emídio, de 37 anos, do bairro São Vicente.
A ocorrência foi na tarde de sábado, 29/09, na rua Adelice Vargas, próximo ao Estádio JK, em Manhuaçu. Moradores acionaram os bombeiros por conta do fogo no imóvel. É uma casa bastante danificada e que estava sendo utilizada pelo morador e para outras pessoas consumirem drogas e bebidas.
Quando os Bombeiros chegaram ao local o fogo já havia se apagado, mas ainda saía fumaça do interior da residência. A equipe entrou no imóvel para fazer o rescaldo. Durante os trabalhos, encontraram em um dos cômodos da casa um corpo parcialmente carbonizado, não sendo possível identificá-lo.
João Celso Gomes, 45 anos, tentou fugir do local no momento em que o Bombeiros entraram no cômodo. Ele foi contido e, a partir daí, acionada a Polícia Militar por conta do homicídio.
O morador alegou que o cadáver era de um indivíduo da cidade de Mutum/MG, conhecido pelo apelido de Zé Mariano. Mais tarde a PM apurou que a vítima na realidade é Edimar Alves Emídio (foto), de 37 anos, do bairro São Vicente, que inclusive estava com registro de desaparecido desde o início da semana passada, feito pela família.
João Celso afirmou que, no último domingo, à noite, Edimar chegou a sua residência na companhia de um outro indivíduo que se identificou como Bastião. Ambos foram até o local para beberem e traziam consigo três “meiotas” de cachaça.
Ainda conforme o relato, João Celso, disse que, depois de certo tempo, Edimar e o tal Bastião começaram a discutir por cachaça. O morador foi dormir e não viu o que aconteceu. Na manhã da segunda-feira (24/08), ele acordou por volta das 9 horas e se deparou com o corpo de Edimar caído na sala da casa com várias perfurações – cerca de sete pequenos furtos. O suspeito “Bastião”, portanto, não estava mais na residência e havia tomado rumo ignorado.
João Celso relatou que ficou sem saber o que fazer e com medo de chamar a polícia e ser incriminado por um crime que não praticou, decidiu retirar o corpo da sala e arrastá-lo até um quarto da casa onde o deixou até a tarde deste sábado.
Como o mau cheiro estava chamando atenção dos vizinhos, o morador comprou um pouco de gasolina e pegou duas portas e alguns tacos e colocou sobre o corpo, ateando fogo.
João Celso negou ter praticado o homicídio, mas confessou que de fato tinha a intenção de ocultar o cadáver, pois temia ser incriminado pelo homicídio, que teria sido cometido pelo indivíduo “Bastião”.
Segundo o relato, o “Bastião” também seria da cidade de Mutum. É baixo, pardo, forte e com pouco mais de 20 anos. A Polícia ainda trabalha para apurar a existência desse elemento.
João Celso foi levado ao hospital municipal e depois encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil, onde foi autuado.
Redação do Portal Caparaó