As ações aconteceram em Muriaé, leopoldina e Juiz de Fora.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta sexta-feira (4), a Operação Vetus. A ação faz parte de uma operação inédita, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com o objetivo de combater crimes de violência contra o idoso nos 26 estados e no Distrito Federal.
A operação integrada, que teve início no dia 1º de outubro (Dia Internacional do Idoso), foi planejada tendo em vista o aumento de denúncias de abuso registradas durante o período da pandemia, pelo Disque 100, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Desde então, a PCMG apurou mais de 2 mil denúncias, que culminaram com a instauração de 690 procedimentos investigativos, com atendimento de mais de 3 mil pessoas idosas vítimas de violência e a prisão de 301 suspeitos de agressões em todo o estado.
O coordenador de Operações da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ) da PCMG, delegado Aloísio Daniel Fagundes, destacou ainda outros números. “Na data de hoje, foram cumpridas quase 400 medidas cautelares/medidas protetivas/mandados e cerca de 350 visitas em residências e instituições de longa permanência. Tivemos ações em 292 municípios de Minas Gerais com o empenho de mais de 1.700 policiais civis, em 19 departamentos”.
A titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Pessoa com Deficiência e ao Idoso, em Belo Horizonte, delegada Marcelle Bacellar, falou sobre a triste realidade dos idosos internados nas instituições de permanência. “Apesar de não termos constatado em BH casos de maus tratos, é possível perceber em muitas dessas instituições que os idosos estão abandonados pela família. Pedem para ir embora não por não gostarem de viver naquele lugar, mas por sentirem falta dos familiares”, relatou.
“Precisamos cuidar dos nossos idosos, precisamos romper com esse ciclo de violência que se apresenta como cultural na nossa sociedade, precisamos pegar essa responsabilidade e denunciar e buscar por soluções para essa parcela da população que vem sendo negligenciada”, finalizou a delegada Luisa Drummond, que responde pela Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerâncias.