A Polícia Militar de Meio Ambiente prendeu um homem por matar um animal silvestre neste domingo, 18/04.
Durante patrulhamento às margens do rio São Manoel no município de Mutum, a equipe de policiamento ambiental avistou um cidadão já próximo ao veículo Fiat/Uno. Eles observaram que ele estava com a roupa molhada. Ao avistar a equipe policial, o indivíduo fugir, mas foi abordado.
Durante a busca pessoal, os militares localizaram 19 munições calibre 22 em uma pochete. No interior do veículo, foi localizada uma espingarda marca Rossi calibre 22, municiada com mais 4 munições calibre 22. Na vistoria realizada no automóvel, foi encontrada no bagageiro, uma capivara, animal da fauna silvestre, já abatida com marca de perfuração por disparo de arma de fogo, apontando que o autor havia acabado de realizar o ato de caça predatória de animal silvestre.
O cidadão de 47 anos, durante conversa com a equipe, acabou por admitir que usou a arma de fogo para a o abate do animal.
Por estar portando uma arma de fogo sem registro e sem o porte de armas e por ter praticado ato de caça sem autorização e matado animal da fauna silvestre brasileira, o autor foi preso em flagrante delito e conduzido à Delegacia de Polícia Civil em Manhuaçu onde o flagrante foi ratificado.
Ainda em desfavor do autor foi lavrado o Auto de Infração no valor de R$ 12.620,80.
PERCEPÇÃO
O Comandante do 3º Pelotão de Polícia Militar de Meio Ambiente, Tenente Rodrigues, destacou a capacidade de percepção dos policiais militares envolvidos nessa ocorrência, o compromisso de realizar o patrulhamento atento a situação de suspeição e com foco na preservação ambiental e redução da criminalidade violenta no meio rural, o que foi o fator motivador da abordagem.
O oficial afirmou também que ações como essa além de importantes para a conservação da vida dos animais é fundamental para a proteção do homem do campo pois a arma apreendida poderia ser também utilizada na prática de roubos e de homicídios.
Quanto o destino do animal, o Tenente Rodrigues informou que “quando há apreensão de animais abatidos ou de suas partes, se a carne declarada própria para o consumo humano por autoridade de vigilância sanitária ela é totalmente doada a instituições de caridade e quando a carne é declarada imprópria para o consumo humano, como foi o caso dessa ocorrência, a carne é descartada em aterro sanitário. O oficial destacou que consumir carnes de animais silvestre capturados na natureza, expõe as pessoas a riscos de contraírem vários tipos de doenças. No caso da capivara, o simples manuseio do animal expõe a pessoa ao risco de contrair a febre-maculosa, transmitida pelo carrapato estrela, infecção que chega a matar em 50% dos casos”.
Fonte: Portal Caparaó