CASAL MIRADOURENSE USA CRIATIVIDADE, RECICLA E MONTAM MUSEU EM MEIO A NATUREZA EM VARGINHA DISTRITO DE MIRADOURO.

Nem só de tragédias se vive o jornalismo, mas também de noticiar coisas boas,  interessantes e belas, no qual o site Paulo Roberto da Rádio tem prazer em trazer para nossos internautas.

Numa descoberta por acaso, no dia 24/08/21,  registramos uma linda propriedade rural, no qual fomos muito bem recebidos pelo casal  conhecido popularmente como “Sr João Coquim e a sua esposa Maria Coquinha”, moradores do distrito de Varginha, na Chácara São Jorqe, onde a gente só ia pedir uma informação. Sérios para se tirar fotos, mas na hora do bate- papo são super alegres

Logo na entrada do sítio, uma pintura na parede, feita pelo miradourense Hélio Pascoal, que  retrata um pouco da fé e  do trabalho do povo e das belezas naturais da nossa região.

Lindas plantas decorando o jardim da propriedade, no qual no seu interior existe um orelhão instalado,  que não funciona pra fazer  ou receber ligações, mas que de vez em quanto alguém chama o visitante para  atender chamadas (pra fazer pegadinhas ele funciona muito bem).

O casal tem a mania de reutilizar materiais que pra muitos não passariam  de lixo, mas com muita criatividade a velha bacia de parabólica vira sombra pra peixe,  vira teto de quiosque, as tampinhas de garras numa mistura com o cimento viram cobertura de mesa, as garras pets cheias de água viram cercadinhos de canteiros do  jardim.  A porta de geladeira vira portão. As gastas correntes de motocicletas viram acentos de  bancos, as cabeceiras  de camas velhas virão cabeceiras de bancos,  a porta do velho fusca vira uma porteira. A geladeira velha vira armário pra guardar alimentos e impedir a entrada de ratos. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Eles também tem um museu, com materiais antigos, como TVs preto e branco de bateria e de pilha,  os primeiros modelos de rádios ( aparelhos com cerca de 80 anos), maquinas de costuras de mais de 100  anos que ainda funcionam, moto rádio,  variados discos,  moedores de café antigos, panelas velhas, ferro de passar a brasas, lampião a querosene,  isqueiro antigo que se parece uma munição de arma de fogo, balanças, guardador de navalhas de barbear, máquinas de escrever, telefones antigos. Ainda são colecionadores de moedas e cédulas de dinheiro antigas.

Ele mostrou também como fazia o povo ver estrelas antigamente, quando se aplicava uma injeção,  “tinha gente que desmaiava na hora de tomar uma injeção destas. Depois que eu cresci e fiquei adulto eu gostava de aplicar estas injeções para desforrar tanta dor que eu senti”, afirmou o senhor João Coquim apresentando a velha injeção com agulha grossa, que era desinfetada numa vasilha de álcool em fogo, sendo que a mesma agulha era usada pra aplicar em todo mundo, sendo desinfetada a cada agulhada, não tinha a descartável.

O casal construiu uma gruta dentro de uma pedra, onde foi montada uma capelinha, com a exposição de imagens católicas, local onde virou casa de 2 pássaros beija- flor, que  estão chocando.

Em uma cobertura, uma mesa enorme, no qual eles usam pra jogar baralho,  tem um bar disfarçado de museu.

Eles reciclam quase tudo, até o pé da antiga máquina Singer vira pé de uma pia pra se lavar as mãos. A antiga porta de mercado, aquelas de enrolar viram cobertura de teto ou suporte de bancos. Pedaços de cama elástica viram assento do banco, eles querem todo mundo sentado e não faltam bancos.

Na entrada da cachoeira, uma linda frase: ” Deus para mim foi bom demais, para Ele tiro chapéu. Que mim deu aqui na terra este pedacinho do céu”.

Neste espaço, segundo ele não recebe turistas, no qual ele não cobra nada pra entrar, mas só entram amigos seus, ou amigos dos amigos dele, que passam a ser amigos também. O povo gosta de fazer churrasco, tomar banho no chuveirão curtindo a natureza.

O espaço é um puro encontro com a natureza, tem a pedra que é ótima para o pique-  esconde. Ele ainda usa pneus velhos pra fazer escadas. Sobre pedras ele expressou mais um pouco de sua fé e  construiu mais capelinhas.Em entrevista para a Rádio Miradouro, ele contou que aqueles rádios antigos eram considerados artigos de luxo.  Funcionavam a pilhas e as pessoas trabalhavam uma colheita inteira de café para comprar um rádio. Hoje seria ainda mais importante do que fazer a compra de uma TV de 50 polegadas. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Estes rádios uniam as pessoas, em tempos em que a janta era servida umas 16:00 ou 17:00 horas, depois moradores procuraram a casa dos vizinhos próximos e se reunião para ouvir o antigo repórter Esso , com a frase super conhecida na época do slogan ”  O Primeiro a dar as últimas e testemunha ocular da História”. Se curtia o Zé Beti, Rádio Globo, as missas da rádio Aparecida, os cantores da época.

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