NOVA APARIÇÃO DE ONÇA- PARDA PRÓXIMA DE ÁREA URBANA DE LEOPOLDINA PROVOCA APREENSÃO E PREJUÍZO DE MORADOR

O proprietário do imóvel no qual o galinheiro foi atacado e aves foram mortas pela onça registrou imagens das pegadas do felino no terreno. Há alguns dias seu vizinho teve vários carneiros abatidos pelo animal.

Mais um caso de ataque da onça-parda nas imediações da área urbana de Leopoldina ocorreu na madrugada do domingo, dia 20 de fevereiro. De acordo com o morador Eduardo Moraes Correia, vizinho à propriedade rural que teve vários carneiros atacados pelo felino nos últimos dias no Bairro Caiçaras, no perímetro urbano da rodovia BR-116, dessa vez a onça atacou um galinheiro, matando 20 galinhas.Pegadas deixadas pela onça no terreno foram fotografadas pelo morador, que cobra ações das autoridades em relação ao caso, por temer que a onça continue a atacar naquelas imediações.

Conforme um vídeo que viralizou nas redes sociais, um produtor rural de Leopoldina relata a morte de pelo menos 35 carneiros devido ao ataque de uma onça em sua propriedade rural, o que estaria acontecendo há alguns meses.

Em matéria publicada pelo Jornal O Vigilante Online no último dia 10 de fevereiro, o Comandante do 4º Grupamento da Polícia Militar de Meio Ambiente em Leopoldina, Sargento Maciel esclareceu à Reportagem que o proprietário do imóvel rural relatou à PMAMB que uma onça parda atacou seus carneiros e que o animal fugiu depois dele soltar um foguete.

O Comandante do Grupamento de Meio Ambiente informou ao Jornal que o registro foi encaminhado pela PMAMB à Unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) em Juiz de Fora, para conhecimento dos fatos, providências, eventual captura e realocação do animal silvestre. “No bioma da nossa região a onça parda é mais comum”, acrescentou o Sargento Maciel.

Mata Atlântica
Dados divulgados em 2013 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a onça-parda é amplamente distribuída no bioma Mata Atlântica. Apesar disto, existem estimativas que indicam que o tamanho populacional efetivo é menor do que 1.000 indivíduos. As principais ameaças para a espécie são perda e fragmentação de habitat por expansão urbana e agropecuária, atropelamentos, eliminação de indivíduos por caça e/ou retaliação e queimadas. Portanto, a espécie foi categorizada como Vulnerável (VU) D1.

Orientações
Dentre algumas orientações da Polícia Militar de Meio Ambiente em situações em que surjam animais como a onça, tanto adultos quanto crianças devem evitar andarem ou ficarem sozinhos no local onde ocorreram os ataques. Os animais devem ser presos no curral para passarem a noite e em caso do animal ser avistado deve-se fazer barulho, gritar, soltar bombinhas, o que pode fazer o animal se afastar seguindo seu instinto de não se aproximar do ser humano. A Polícia Militar do Meio Ambiente também alerta que matar animal silvestre é crime ambiental, previsto na lei 9.605/1998.

Ampliando o tema para o âmbito regional, a Redação apurou que no dia 6 de fevereiro uma onça, também conhecida por suçuarana, atacou um galinheiro na zona rural de São João Nepomuceno.

Na noite de 29 de outubro de 2021, uma onça-parda ferida foi resgatada às margens do Km 801 da rodovia BR-040, na altura do Bairro Salvaterra em Juiz de Fora, depois do animal ter sido atropelado. Antes, no dia 9 de agosto de 2019 uma jaguatirica foi encontrada morta no Km 755 da BR-116, em Leopoldina. A Reportagem do Jornal O Vigilante Online esteve no local.

O felino apresentava sinais de atropelamento. A PRF orienta aos motoristas que encontrarem animais silvestres atropelados na rodovia que acionem o órgão responsável pela administração do trecho. Se o animal estiver vivo devem ser acionados a Polícia Militar Ambiental ou o Corpo de Bombeiros Militar.

O Jornal O Vigilante Online não conseguiu contato com o IBAMA em Juiz de Fora.

Fonte: O Vigilante Online

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