A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) através da Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal, cumpriu mandados de busca e apreensão na Cidade de Buenópolis, região Central do estado, em investigação da prática de agiotagem e ameaça, perpetrado por um empresário de 55 anos.
Na ocasião, foram apreendidos cheques, totalizando cerca de R$ 3,2 milhões, mais de R$ 40 mil em dinheiro, notas promissórias, além de uma arma de fogo com numeração suprimida, motivo pelo qual o suspeito também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida.
Deflagrada na última quarta-feira (4/5), a ação foi coordenada pela Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal (Deajec), vinculada ao 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte (1º DEPPC), com o apoio de policiais do 14º Departamento em Curvelo. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência e no escritório do alvo, mas as investigações apontam que a atividade ilegal alcançava desde a região de Sete Lagoas até Montes Claros, no Norte de Minas.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Daniel Guimarães, as apurações tiveram início pela Deajec, em março deste ano, após um comerciante de Belo Horizonte sofrer ameaças constantes para o pagamento de juros abusivos e recorrentes de um empréstimo no valor aproximado de R$ 1 milhão. “Nesse caso, em especial, o investigado teria se deslocado de Buenópolis para se encontrar com a vítima e a ameaçou, de forma violenta, pessoalmente, o que nos motivou a agir rápido e o prender”, explica. SAIBA MAIS, CLIQUE A SEGUIR
Desdobramentos
Daniel Guimarães acrescenta que as investigações terão continuidade para levantamento de eventuais crimes relacionados, bem como de outros envolvidos no esquema criminoso. “Há indícios de associação criminosa e lavagem de dinheiros”, adianta ao informar que, diante dos desdobramentos das apurações iniciais, o caso será encaminhado à unidade policial pertinente.
O chefe do 1º DEPPC, delgado-geral Arlen Bahia, orienta: “pessoas que se encontram em situações semelhantes devem procurar a polícia e fazer a denúncia. Até no caso específico, se alguma vítima porventura não tiver sido identificada, vá até a delegacia para que possamos dar continuidade ao trabalho investigatório”.
Homenagem
Durante coletiva de imprensa sobre o caso, nessa sexta-feira (6/5), o chefe do 1º Departamento ressaltou que a operação realizada é uma homenagem póstuma à escrivã Carla Simão, que integrou a equipe do Deajec. “Que esse serviço, realmente muito qualificado, seja uma forma de agradecimento à proficiência e ao profissionalismo dela durante sua atuação na Polícia Civil”, destacou Arlen Bahia.