No início da noite de ontem (28), nós tivemos a oportunidade de conhecer e conversar com a dona Ester, conhecida  por vó Ester. Ela que está com 94 anos de idade, e está passando um período na fazenda do senhor Salomão na comunidade que pertence a Fervedouro,  na casa de sua filha Maria Aparecida, do genro Felisberto,e do neto Fernandinho, ele que são da Igreja Internacional da Graça de Deus naquela cidade.

“Eu sou muito feliz, estou aposentada e gosto de visitar meus filhos, tô doida pra ir embora, mas tô amando ficar aqui. Eu passo um tempo na casa de um, outro tempo na casa do outro, eu gosto muito de ficar em casa, mas não posso ficar sozinha devido a pedidos médicos. ”

Tive 21 filhos, meu marido morreu e me deixou com uma escadinha de filhos, nunca quis arrumar outro marido, só fazia por trabalhar pra cuidar deles. Graças a Deus nenhum se perdeu na vida com coisas erradas.

Eu Paulo Roberto da rádio perguntei pra ela: Se fosse pra pedir alguma coisa pra Deus, o que pediria?

” Eu peço a ele mais saúde, e mais alguns anos de vida. Eu quero viver mais, eu não quero morrer agora não, é bom demais viver. Dizem que  morrer é descanso, se isso é descanso, eu quero viver cansada”. E deu uma gargalhada ao falar.

Pra quem pensa que ela não teve tristezas na vida, se engana, ela é um exemplo a seguido por todos aqueles que por causa de um probleminha ou outro fica pedindo pra morrer. Ela sentiu a dor, que foi perder 10 dos seus 21 filhos. Nós não aprofundamos no assuntos, pois ela começou a se emocionar, mudamos de assunto, e ela embarcou em outro assunto. Eu disse a ela, se a senhora não se casou depois de viúva ainda pode se casar, pois está bem conservada. Ela disse :” De jeito nenhum.”

Qual é o segredo pra chegar aos 94 anos ainda plantando na orta?

“Muita fé em Deus, trabalhar, e curtir cada momento de felicidade”. Eu gosto de galinhas, se eu ficasse aqui esse terreiro viveria cheio.”

Quem acorda primeiro a senhora ou elas?

“Hoje são elas, já acordei muito cedo na vida, não foi fácil criar 21 filhos, hoje estão vivos 8 mulheres e 3 homens”.

Foi uma benção conhecê-la e percebi que pra se viver muito é preciso curtir e agradecer a Deus por cada momento, procurando sorrir mais e mais, e evitar o estresse do dia a dia. Pena que devido a compromissos pudemos falar tão pouco com ela que super alto astral e não parece ter tantos anos. Voltaremos outra ocasião pra falar mais com ela. 

Lembrando que existe um empate técnico em idade da Vó Ester com a Vó Reduzina que morra no Bairro Bela Vista em Fervedouro, sempre sorridente, ainda trabalha como obreira da IIGD lá, faz até comida ainda.