Após quatro meses de investigações, uma equipe de investigadores, sob o comando do delegado Rangel Martino, localizou e prendeu um homem acusado de diversos tipos de estelionato em Muriaé e cidades da região.

DSC05301Segundo o delegado, desde fevereiro, quando recebeu uma mensagem de uma delegada de Belo Horizonte informando que um homem havia postado no facebook, que estaria vendendo carteiras de habilitação, vindas de Juiz de Fora sem que as pessoas precisassem sair de casa, bastando dar a entrada de R$ 500 reais, e mais R$ 1 mil, quando a carteira chegasse, a Polícia Civil de Muriaé começou a rastrear os passos do suspeito. “Durante estes quatro meses nos empenhamos em localizar e descobrir os possíveis golpes e vítimas deste rapaz com a venda destas supostas CNH’s e acabamos descobrindo que a muitos anos ele também se passava por pastor e com a boa fé das pessoas, aplicava golpes com cheques sem fundos, compra e venda de veículos que se quer tinham sido pagos, além brincar com a Polícia Civil pelo “Face”, quando após uma abordagem, em uma das suas residências ele publicou que estivemos a sua procura, mas que ele era uma “fantasma”. Fomos atrás do “fantasma”, e por ironia do destino, em uma sexta-feira 13, a casa dele caiu”, disse o Dr. Rangel.

Além das acusações de estelionato, a polícia identificou diversos perfis do acusado na rede, onde o mesmo aparece portando armas, deitado em um sofá com muito dinheiro, bebidas, carros em casas de alto padrão na região dos lagos, no Rio de Janeiro, e fazendo alusão ao crime de tráfico de drogas. O homem foi preso e na sua casa estava uma mulher, vinda de Macaé, com dois filhos menores, que acreditava ser ele pastor evangélico, e já preparava a papelada para casar com o mesmo e mudarem para uma cidade da região lagos e iniciarem uma vida, seguindo os caminhos religiosos. Ela não acreditou, quando a polícia chegou para prender o seu “amado pastor”, e só na delegacia ficou sabendo exatamente quem era o homem com quem iria viver, pois segundo a mesma, havia o conhecido a menos de 1 mês em Macaé, e passou a gostar muito dele, que a tratava bem, assim como a seus filhos e sempre falava em nome de Deus.
Em Macaé, o homem tentou trocar um cheque no valor de R$ 12 mil reais, adquirido aqui em Muriaé, mas como não conseguiu deixou com seu futuro cunhado, que o emprestou R$ 900 reais para que viesse a Muriaé com a “noiva”, para que ela conhecesse sua família. O cheque é “frio” e o rapaz ficou com o prejuízo.
Durante as investigações a polícia descobriu outras pessoas que tiveram envolvimento amoroso com o falso pastor, e uma delas também foi levada para a delegacia e prestou depoimento dizendo que o conheceu pelo “face” e após se encontrarem e conversarem pessoalmente algumas vezes, ela aceitou seu pedido de namoro, que terminou com a assinatura de um termo de união estável, no Cartório de Miraí, e depois foram morar na região dos lagos, onde o homem havia dito que estava afastado de Deus, mas que era pastor e queria retomar sua vida religiosa. Com isso, orientada por ele, a mulher vendeu suas máquinas de costura, alugou um carro e foram para a região dos lagos, no Rio de Janeiro. Após alguns dias e sem se adaptar ao local, ela resolveu voltar, com seus filhos e começou a descobrir quem era o “Pastor”. para trás ficou o dinheiro da venda das máquinas, que havia gasto em compras para a casa e aluguel do carro, além da dívida de uma diária do aluguel do veículo e um tanque de combustível. Dívida esta que está em nome dela.
Na delegacia o homem disse que fez um curso de 30 dias em uma igreja no Rio de janeiro, e que com isso, por esta igreja tem o “documento”, que o credencia como pastor evangélico e dá direito para que faça pregações. O delegado levantou também, que em 2010 o acusado e uma mulher que namorava, compraram um carro no Espírito Santo, com cheques sem fundos e fizeram compras em diversos comércios do litoral capixaba, com cheques que não tinham cobertura financeira. O carro foi trocado por outro, que acabou apreendido pela polícia, que descobriu o golpe. Até hoje a mulher tem problemas com créditos devido os cheques passados e não cobertos.

Depois de ouvir os envolvidos, o delegado pediu a prisão preventiva do acusado, que foi acatado pelo Ministério Público e pela Justiça. E na presença de seus advogados, o homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado ao Presídio Safira, onde não deve ficar por muitos dias.

Colaboração: interligadoonline.com – ONDE ESTA MATÉRIA É MAIS COMPLETA