VOCÊ PODE OUVIR A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA.
A Polícia Civil de Minas Gerais amanheceu de greve nesta segunda-feira e a previsão é por tempo indeterminado. Nossa reportagem esteve Delegacia de Muriaé na manhã desta Quarta-feira e confirmou que todos os serviços só funcionarão na cota de 30%, conforme determinação da lei, mas flagrantes e emergências estarão funcionando normalmente. Os serviços essenciais no Instituto Médico Legal que dependem da 4 D.R.P.C. de Muriaé não sofreram alterações.
Conforme estipulado para todos os setores, em Miradouro também o horário de atendimento ao público é como em todo o estado de MG, de 14:00 às 16:40 horas. A delegacia de Miradouro como toda a Regional de Muriaé aderiu à greve, bem como outros municípios mineiros. Desta vez a greve conta com a adesão dos delegados. A decisão da greve ocorreu na Assembleia da categoria realizada na quarta-feira passada em Belo Horizonte.
“Os policiais estariam insatisfeitos com os benefícios não pagos (auxílio vestimenta, em torno de R$ 1,6 mil), entre outras reivindicações como o efetivo, hoje a Polícia Civil mineira teria que ter 17.415 servidores, mas conta com cerca de 9 mil, número que fica abaixo dos 11.301 investigadores que a legislação prevê. O Sindpol-MG reivindica também a equiparação do piso salarial dos investigadores e escrivães ao de perito. Segundo a categoria, desde 2013, quando foi votada a lei orgânica, acabou a hierarquia dos funcionários de carreira” ressalta a categoria.
Os policiais continuam presentes em seus setores nas delegacias, mas o atendimento seguirá as normas do comando de greve.
Em conversa com o delegado Doutor Tairone Spíndola ele nos relatou que o objetivo da polícia Civil com esta greve não é apenas o aumento de salários, mas como o maior aparelhamento e suporte às delegacias do Estado de Minas por parte do governo mineiro. Onde ele relatou também que o objetivo da categoria com esta greve também é o fortalecimento da polícia Civil, que se ela receber um maior investimento do governo, ela poderá oferecer a população um trabalho de maior credibilidade e que ofereça maior segurança ao povo, pois daria muito mais resultado no desvendamento de crimes, reduzindo a impunidade.
Ele também falou que além dos salários já não serem dos melhores, ainda está sendo parcelado na hora de se receber. Ele apresentou a nossa reportagem os perigos que esses profissionais da área de segurança estão correndo, pois dias atrás numa ocorrência de Vieiras um dos criminosos usavam uma arma que é uma verdadeira potência, arma de fabricação Israelita, que tem 18 munições e dispara os tiros numa velocidade enorme, e ainda tinha silencioso. Na dia do assalto o policial que conteve a ação não tinha noção do perigo que ele estava exposto, por livramento de Deus na hora do disparo ela falhou, então diante de tudo isso, a PC precisa de um maior investimento do estado, pois a criminalidade esta evoluindo, disse o delegado. A entrevista nós não tivemos tempo de digitalizá-la aqui no site, mas você pode ouví-la na íntegra no play acima.