Brinquedos de playground como balanços, gangorras e escorregadores podem oferecer riscos caso não estejam adequados. Confira as dicas para que as crianças possam brincar com mais segurança
Coloridos e divertidos, eles fazem a alegria da criançada. Mas, apesar de parecerem inofensivos, os brinquedos de parquinhos instalados em casa ou locais públicos podem representar risco para a segurança na hora da brincadeira caso não estejam dentro das normas de uso.
Em um caso recente em Montes Claros, no Território Norte, uma menina de 11 anos teve a perna transfixada por uma barra de metal enquanto brincava em um balanço. A criança, que se acidentou no brinquedo instalado em casa, foi atendida pelos bombeiros e precisou ser conduzida ao hospital da região para a retirada da peça.
“De acordo com o tio da criança, a menina estava sozinha no brinquedo quando perdeu o controle, escorregou e bateu a perna na base de baixo do balanço de metal, que transfixou a perna dela. O balanço estava conservado, mas ainda assim há o risco. O mais importante em casos como este, é saber que jamais pode-se retirar a peça. O responsável deve acionar os bombeiros para que todo o socorro seja feito com a utilização do equipamento adequado e segurança” ressalta o sargento Igor Rodrigues, do 7º Batalhão de Bombeiros Militar de Montes Claros, que atendeu a ocorrência. Além disso, o sargento ressalta que pais e responsáveis sempre devem estar próximos das crianças enquanto brincam.
O caso serve de exemplo para alertar os pais quanto aos cuidados. Antes de soltar as crianças nos parquinhos, especialmente em praças, é essencial que os pais façam uma análise visual. Muitas vezes, as más condições dos brinquedos saltam aos olhos. São inseguras pontas ou extremidades cortantes, partes ou peças pequenas que possam se desprender com facilidade e provocar acidentes.
Já os brinquedos de madeira podem soltar lascas perfurantes e são mais suscetíveis a soltarem peças. Outro importante detalhe é observar se o chão oferece algum tipo de amortecimento, como um gramado ou areia, para suavizar possíveis quedas.
De acordo com o tenente Diego Prates, do 7º BBM, a idade indicada é outro importante detalhe. “Seja em casa ou em áreas públicas como praças e escolas, é importante observar se o brinquedo é compatível com a idade da criança. Nada de colocar bebês em gangorras, balanços e escorregadores. Eles são indicados para crianças acima de 3 anos. Além disso, recomendamos que as crianças, independentemente da idade, estejam sempre sob a supervisão de um responsável durante as brincadeiras”, ressalta.
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais listou, a pedido do portal Agência Minas Gerais, dicas e cuidados para evitar acidentes nas brincadeiras. Confira:
Se o acidente acontecer:
A orientação é tentar manter a calma, acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 o mais rápido possível e seguir as orientações do atendente. Não executar nenhum procedimento sozinho, como retirar peças transfixadas no corpo ou recolocar o braço no lugar, a menos que seja orientado por alguém do resgate. Isso pode prejudicar a situação.
Se houver danos graves em um acidente em parquinhos com brinquedos manuseados de acordo com as instruções de uso, fica configurado um acidente de consumo. Neste caso é importante que o consumidor faça um registro junto ao Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG).
A informação auxilia o Inmetro a identificar itens ou serviços que ofereçam mais riscos à saúde e à segurança das pessoas. Assim é possível aprimorar os regulamentos vigentes, por meio de programas de avaliação da conformidade naqueles produtos que só podem ser vendidos se estiverem com o selo do Inmetro.
Os registros são feitos através do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidente de Consumo (Sinmac).