A Operação “Magnata”, deflagrada pela Polícia Civil no início do mês, que desarticulou um esquema criminoso de tráfico de armas de fogo, utilizadas por homicidas para a prática de crimes na região continua repercutindo e tendo desdobramentos. A partir dos elementos colhidos durante as investigações, os Investigadores identificaram indícios de autoria de sete homicídios praticados na região, sendo dois, na Comarca de Miradouro e outros cinco na Comarca de Carangola.
De acordo com o delegado Tayrony Espíndola, coordenador da Agência de Inteligência da 4ª DRPC, a identificação dos autores dos homicídios foi uma consequência do trabalho investigativo realizado ao longo dos últimos meses:

“Depois de mapearmos a rota de distribuição e a maneira como essas armas clandestinas eram comercializadas, foi uma questão de tempo até identificarmos esses indivíduos e vinculá-los aos homicídios. Era até intuitivo que ao se apossarem de armas de fogo, essas pessoas pretendiam ceifar vidas, ou de desafetos, pelos motivos mais banais, ou mesmo atuar no mercado da pistolagem”.

Relembre os casos de Homicídio agora elucidados a partir da “Magnata”:
1. MAICON RODRIGUES MACEDO, São Francisco do Glória, em 08.10.2014:

Maicon, que era primo de E. F. R. e de seu irmão, D. V.R. N., contraiu um dívida junto aos irmãos e não conseguiu quitá-la, sofrendo a represália em forma de emboscada. Ele foi atingido por disparos de espingarda calibre 12.

2. ANGELO PAULO RODRIGUES, Miradouro, em 22.09.2015:

De acordo com as investigações, Angelo foi morto por E. F. R., tendo como um dos motivos, um desentendimento sobre a venda de uma arma de fogo. Na ocasião da emboscada, a vítima foi atingida com um disparo de espingarda calibre 12, a queima roupa, na cabeça.

3. HANDERSON DO CARMO SILVA, São Francisco do Glória, em 24.10.2015:

Mais conhecido como “Kalango”, Handerson foi executado por E. F. R., depois das suspeitas de que teria envenenado um irmão de E., de nome Sidnei Vicente Rodrigues, conhecido como “Nei” ou “Preto”.

 

 

4. PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA COSTA, Miradouro, em 13.02.2016:

Para os Investigadores, “Beto do Posto”, como era conhecido, foi executado com a participação direta de E. F. R. e outras pessoas, mediante pagamento, por conta de divergências comerciais. Na ocasião da emboscada, a vítima também foi atingida com um disparo de espingarda calibre 12, a queima roupa, na cabeça.

 

5. SAMUEL GOMES SANTIAGO, Ponte Alta, Carangola, em 26.06.2016:

Conhecido como “Samuel 22”, Santiago foi morto por S. da C. L.,  na companhia de outros comparsas, dentre eles, M. de O. S., depois de ter ameaçado seu algoz, com uma arma de fogo.

 

 

 

6. JANIR MOACIR DE CASTRO, São Francisco do Glória, em 06.09.2016:

Morto de forma brutal com uma fisga encravada no pescoço, Janir foi vítima de latrocínio, praticado por B. H. de O. L., até então comparsa e aliado de primeira hora de D.V. R. N.

 

 

 

7. BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA LEITE, Carangola, em 14.11.2016:

Depois da morte de Janir, o suspeito Bruno, que era usuário de drogas, passou a propagar a informação de que DJ. estaria junto com ele naquele homicídio. Temendo a repercussão do fato e o descontrole de Bruno, D. V.R. N., acompanhado de um outro comparsa, resolveram silenciar Bruno, numa típica ação de “queima de arquivo”.
Segundo o delegado, as informações angariadas no bojo da investigação foram encaminhadas as Delegacias Distritais, responsáveis pela apuração dos Homicídios.

Colaboração nas informações: Polícia Civil e Interligadoonline.com