Objetivo do grupo é reduzir ainda mais o número de ocorrências desse crime, que teve redução de 34% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2016O governador Fernando Pimentel anunciou, nesta sexta-feira (08/09), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a criação de uma força-tarefa para combater o roubo a caixas eletrônicos em Minas Gerais. A formação do grupo foi definida após reunião do governador com os representantes das forças de segurança do Estado, e tem como objetivo reduzir ainda mais o número de casos desse tipo de crime que, no primeiro semestre de 2017, caiu 34% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em entrevista à imprensa após a reunião, Fernando Pimentel destacou que, além de aumentar a sensação de segurança no Estado, há uma preocupação em relação à questão socioeconômica dos pequenos municípios mineiros. Segundo o governador, após a explosão ou assalto ao caixa eletrônico, os cidadãos mineiros acabam ficando descobertos dos serviços bancários que, em muitas cidades, não possuem agências de banco.
“Nós vamos constituir uma força-tarefa dedicada exclusivamente à prevenção, investigação e combate deste tipo de crime. É uma notícia importante para a gente dar para a população do Estado. O governo está preocupado com isso e nós vamos agir agora de forma mais integrada, organizada, efetiva e focada. O número de casos diminuiu, mas o impacto socioeconômico é muito grande”, afirmou Fernando Pimentel.
De acordo com o governador, serão convidados para integrar o grupo o Ministério Público Estadual, a Polícia Federal e demais órgãos vinculados ao tema. Fernando Pimentel destacou que, reforçando a segurança nos municípios e prevenindo os crimes, consequentemente a economia nesses municípios não será afetada.
“Dos 853 municípios de Minas, mais ou menos 400 tem menos de 10 mil habitantes. Cidades com esse perfil normalmente não tem uma agência bancária, quando muito um caixa eletrônico. E com a explosão do caixa, a cidade fica descoberta, desabrigada do ponto de vista de acesso ao sistema financeiro. Eu converso com os prefeitos e vejo a enorme preocupação deles, que é justa, e nós vamos ajudar a reduzir esse impacto”, finalizou Pimentel.
Ação
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, o decreto com a criação da força-tarefa irá criar um “condão” para enfrentar o problema. “O decreto vai facilitar a integração de todas as forças de segurança, como a Polícia Civil, Polícia Militar, Sistema Prisional e Bombeiros, para coibir essas práticas em nosso Estado. O decreto vai dar esse condão de criar uma força dedicada para combater essa modalidade de crime em Minas Gerais”, afirmou.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, destacou que o número de casos reduziu 34,6% de janeiro a junho de 2017, em relação ao mesmo período de 2016. De acordo com o coronel, a ação da Polícia Militar e dos demais órgãos de segurança será mais efetiva para reduzir ainda mais a incidência dos casos.
“Esse decreto dá às polícias e aos órgãos uma capacidade de atuação mais prática, para trabalharem efetivamente com a inteligência, que é a expertise da Polícia Civil e com a ação da Polícia Militar. Esse grupo vai se dedicar exclusivamente ao mapeamento desses crimes, ao estudo investigativo dos autores, do modus operandi para que a gente consiga dar uma resposta em termo de reação quando o fato acontecer e também uma resposta na prevenção desses delitos”, disse o coronel Helbert.
Apesar da redução nos números dos crimes, o comandante da PMMG se mostrou preocupado em relação à gravidade das ações dos criminosos. “Vamos atuar de uma forma bastante forte, eficiente. A força tem um cunho operacional. Vamos agir para reprimir esses delitos em nosso Estado. A finalidade é colocar esses bandidos ou na cadeia ou fora do nosso Estado”, enfatizou.
De acordo com o chefe-adjunto da Polícia Civil, Raimundo Nonato, a instituição já atua no monitoramento, mapeamento e investigação das quadrilhas. “Detemos muitos dados. O setor de inteligência está muito avançado nas informações para o combate a este tipo de crime. Também trocamos informações com os setores de inteligência de outros Estados e com elas vamos fazer a força-tarefa tornar mais ágil o combate a este de crime”.