Governo de Minas Gerais homenageia personalidades com a Medalha Santos Dumont
O secretário de Segurança Pública, Sérgio Menezes, presidiu a cerimônia que, neste ano, agraciou 130 pessoas
O Governo de Minas Gerais entregou nesta terça-feira (24/10), na Fazenda Cabangu, em Santos Dumont, no Território Mata, a Medalha Santos Dumont para 130 agraciados. O secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Menezes, representou o governador Fernando Pimentel que, por falta de teto de vôo, não pôde comparecer. Menezes destacou a importância da data como reconhecimento de pessoas e instituições relevantes para o Estado
“Mais do que testemunhar o agraciamento das pessoas que ora receberam a comenda, é também o momento de celebrar e revigorar um pouco as nossas tradições. Estar no berço da aviação no mundo é uma honra para todos nós. Eu, que fiz toda a minha trajetória nas Forças Armadas, no Exército e na Força Aérea, me sinto muito honrado e feliz por estar aqui. Sintam-se muito honrados por celebrar esse dia”, disse o secretário ao agradecer a presença de todos.
O prefeito de Santos Dumont, Carlos Alberto de Azevedo, parabenizou os agraciados, lembrando a importância histórica e a coragem do patrono da cidade. “Pelas mãos do nosso filho mais ilustre, Santos Dumont, o mundo ganhou asas e deu aos homens a capacidade de ultrapassar e encurtar distâncias. Parabenizo a todos os agraciados por serem pessoas que contribuíram o desenvolvimento do nosso país, e que agora fazem parte da história de Minas Gerais e do Brasil”.
A medalha foi criada em 1956 para comemorar os cinquenta anos do primeiro voo do brasileiro Alberto Santos Dumont em uma aeronave mais pesada que o ar, o 14-Bis, em outubro de 1906, em Paris (França).
Ela é concedida em quatro graus: Grande Colar, Ouro, Prata e Bronze. A Fazenda Cabangu, local da cerimônia, é o lugar onde nasceu o inventor do avião e guarda um preciso acervo de Santos Dumont, entre réplicas de aviões e objetos do inventor.
Na lista dos homenageados estavam vários educadores – uma forma de prestigiar a categoria que tanto contribui para o desenvolvimento do Estado e formação dos mineiros, como a professora da Unimontes Luciene Rodrigues, que se disse honrada com a homenagem.
“Me senti com a responsabilidade de representar todos os professores que trabalham diariamente por uma universidade pública de qualidade. Recebi o convite como um símbolo ao trabalho do professor”, disse.
A promotora Thaís Lamim também acredita que receber a honraria é ter seu trabalho reconhecido. “A medalha é de mérito, por isso vejo como um reconhecimento do trabalho que desenvolvemos para transformar a sociedade. Enfrentamos interesses diversos e acredito que estamos conquistando resultados”, salientou a promotora, que atua na área ambiental.
Santos Dumont
Nascido em 20 de julho de 1873, Alberto Santos Dumont era o sexto filho de Francisca Santos e do engenheiro Henrique Dumont. Em 1892, foi estudar na França. Em 1906, realizou o voo do 14-Bis, um pequeno avião de alumínio, bambu e seda japonesa.
O voo, considerado o primeiro feito com um aparelho mais pesado que o ar, foi registrado pela Federação Aeronáutica Internacional. Recebeu vários prêmios, inclusive do Aeroclube da França.
Em 1932, já com a saúde debilitada, Santos Dumont foi levado pela família para uma estação de repouso no Guarujá, no litoral de São Paulo. Morreu no dia 23 de julho de 1932, três dias após completar 59 anos de idade.
Fazenda Cabangu
A família do inventor chegou àquela região da Serra da Mantiqueira em 1872, quando o engenheiro Henrique Dumont foi comandar as obras de construção da estrada de ferro que cortava os vilarejos de João Gomes (atual Santos Dumont) e João Aires.
Um ano depois, nasceu Alberto. Os Dumont só ficaram ali até 1875. A casa de Cabangu acabou se tornando apenas um ponto de apoio para os trabalhadores da ferrovia.
Em 1919, Alberto Santos Dumont decidiu retornar à casa natal. Ganhou o imóvel de presente do governo e se tornou um criador de gado. Em meados da década de 1920, teve que deixar Cabangu para tratar da saúde na Europa. Mesmo distante, não escondia o desejo de que o local fosse preservado e doado à nação.
Depois de sua morte, em 1932, uma comissão liderada pelo jornalista Oswaldo Castelo Branco se empenhou na transformação da velha residência em museu. Embora criado pelo Governo de Minas em 1956, o parque histórico só foi oficialmente inaugurado em 1973.
No interior da casa e ao redor do parque, foram espalhadas réplicas de aviões, o motor original do primeiro balão, cama, escrivaninha, cartola e óculos, entre outros objetos de uso pessoal. Com informações da Imprensa MG.