O Negócio Certo Rural (NCR) está ajudando a mudar a visão de 18 produtores de Carangola, Caiana e Faria Lemos. O programa do Senar Minas começou em abril e segue até junho com treinamentos e consultorias, em que os participantes são capacitados em planejamento e administração, promovendo o despertar para novas possibilidades de negócio.
O Sindicato de Produtores Rurais de Carangola é parceiro na realização do programa. De acordo com a mobilizadora Fernanda Cristina Rodrigues Azevedo Monteiro, a ideia de levar o NCR para o município foi baseada na necessidade de mostrar aos produtores a importância da gestão da propriedade e oferecer subsídios para melhorar ou criar novos negócios.
“Temos novos produtores, sucessores no campo, que estão fazendo o curso e já estão com novas ideias. E agora, com a capacitação, poderão visualizar as potencialidades e as deficiências do negócio”, contou.
Segundo o instrutor José Heleno Húngaro, a turma conta com produtores de perfis variados, desde aqueles que querem melhorar a gestão das atividades até pessoas que querem implantar uma nova atividade econômica.
“Dentre essas novas atividades, temos de artesanato a fábrica de temperos, passando pela piscicultura e produção de ovos caipira. A turma está empenhada e, com as ferramentas gerenciais que estão conhecendo, certamente seus projetos terão mais chance de se transformarem em casos de sucesso”, destacou.
Realizando um sonho
Entre os participantes de Carangola, estão a designer Naiane Monteiro Finoti, de 26 anos, e sua mãe Maria Cristina Monteiro Finoti. A família delas atua com bovinocultura de leite e Cristina também fabrica e comercializa peças de artesanato.
Para Naiane, o Negócio Certo Rural está ajudando a família a colocar em prática os planos da irmã dela, que faleceu. Ela era veterinária e, antes de partir, havia retornado para a cidade natal com o intuito de começar o próprio negócio e acabou deixando para a família o planejamento das atividades de pecuária leiteira.
O pai já havia participado do programa Gestão com Qualidade em Campo e, a convite da mobilizadora, ela e a mãe aceitaram participar do NCR. Segundo Naiane, o curso tem ajudado principalmente com relação à parte financeira e a enxergar a viabilidade do negócio.
“A ideia é desenvolver a bovinocultura de leite e dar continuidade ao que minha irmã planejou. Tenho desenvolvido o planejamento aos pouquinhos com meu pai e já construímos uma estrutura de ordenha que ela desenhou”, contou.
A princípio, a família pensa em beneficiar e comercializar derivados do leite porque, a curto prazo, não conseguiriam embalar o leite. Inclusive, a embalagem já foi pensada por Naiane, que a projetou no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
“Estamos começando com uma pequena produção de queijos e doces e temos a pretensão de fazer requeijão. O curso está sendo muito proveitoso também para a minha mãe, que trabalha com artesanato. Juntos, vamos reativar a propriedade”, afirmou.
Com informações de Nathalie Guimarães- Assessora de Comunicação – Regional Viçosa