A Polícia Militar do Meio Ambiente do 5º grupamento de Muriaé- MG, nesta data, em atendimento à denúncia oriunda do disque denúncia 181 , que traz a informação da ocorrência de prática ilegal de caça predatória, com utilização de armas de fogo.
Diante da denuncia, os policiais foram para o local, denominado fazenda do Chalé, zona rural do distrito de Bom Jesus de Cachoeira, município de Muriaé, onde os militares depararam deparamos com o sr. identificado pelas iniciais J.C. M., encarregado da fazenda , o qual ao tomar conhecimento do teor da denúncia, permitiu a entrada dos policiais , alegando que eles poderiam vistoriar todas as dependências da fazenda, pois, segundo o mesmo além de não permitir a caça no local, coíbe a presença de pessoas estranhas, contudo, afirma que já inúmeras vezes ouviu barulho de cães e sinais de lanterna no interior da mata e que já chegou a fazer denúncia anônima sobre tais fatos.
“Mediante aos fatos, uma vez que nada irregular foi verificado nas dependências da citada fazenda, solicitamos ao sr. J. C. que nos acompanhasse mata a dentro, afim de verificarmos a presença de armadilhas e ou sinais de presença de caçadores, no que prontamente nos atendeu.
No interior da mata, visualizamos uma picada (trilha usada por caçadores), na qual seguimos em busca de novos indícios. Sendo que horas depois, na altura mais densa da mata aparentemente, deparamos com uma rocha com várias fendas, onde a princípio visualizamos a presença de uma armadilha para pacas (arataca) e ao desativarmos a citada armadilha, verificamos que um cano de PVC 150 mm estava escondido debaixo de algumas raízes junto a fenda da rocha.
No interior do citado cano encontramos uma espingarda tipo cartucheira de dois canos, desmontada, no que prosseguimos com as buscas e logramos êxito (sucesso) em encontrar do outro lado da rocha, também em uma fenda, coberto por folhagem, um cano PVC de 200mm contendo duas espingardas tipo cartucheiras, sendo que ambas estavam desmontadas e junto delas uma bolsa plástica contendo 15 (quinze) cartuchos, conforme especificados em campo próprio. Prosseguindo com a vistoria, ainda localizamos debaixo de uma samarra junto a rocha, 02 (duas) armadilhas para tatu (aratacas).”
Segundo o sr. J.C., que testemunhou toda a ação policial, não tinha conhecimento de tais materiais e não tem suspeita alguma de quem possa tê-los escondido alí, uma vez que não é costume de nenhum funcionário adentrar a mata da forma que fizemos naquele momento. Neste ato, todos os materiais encontrados foram apreendidos e encaminhados a esta delegacia de polícia judiciária, ficando a disposição da autoridade policial.
Participaram desta ação: Sargento Luciano, Sargento Madriaga, Sargento Jardel e Cabo Gustavo.