O Encontro de Famílias Rurais, em Fervedouro, reuniu mais de 400 pessoas, entre produtores e trabalhadores rurais, moradores da cidade e visitantes de municípios vizinhos. Todos puderam assistir a palestras sobre saúde do homem e da mulher e violência doméstica, além de conhecer o trabalho de artesãos da região.
O evento, que ocorreu na quadra de uma escola municipal, foi resultado de uma parceria do Senar Minas com o Sindicato de Produtores Rurais de Miradouro e a Prefeitura, e em conjunto com o Fórum Regional de Educação Ambiental (FoREA).
Paralelamente ao encontro, ocorreu um curso de Fossa Séptica, também em uma parceria do Senar Minas com o sindicato. “O evento superou as expectativas e contribuiu muito para os moradores do município”, comentou a mobilizadora Maria Rita Leite.
Exposição de ex-alunosEx-alunos do Senar Minas levaram seus produtos artesanais para o evento. Entre eles, estava a doceira Lúcia Helena de Souza Vieira, da comunidade dos Teixeiras, no município de Divino. Ela começou a fazer doces por necessidade financeira e para evitar o desperdício das goiabas.
“Na primeira vez, fiz o doce e dei para as outras pessoas experimentarem para fazer a propaganda. No ano seguinte, foram 200 barras de doce e vendi todas. No outro ano, foram 500 e vendi tudo”, lembrou.
Os clientes começaram a pedir outros tipos de doce, como o de leite. Mesmo sem saber fazer, atendeu ao pedido, mas ela ainda achava que não havia ficado especial como gostaria. Foi nesse momento que buscou informação e descobriu os cursos do Senar.
“Estava apanhando café e as pessoas me diziam que eu era doida de perder uma semana para fazer o curso, mas eu tinha certeza de que não ia sair perdendo. Passei a aproveitar tudo o que tinha no meu quintal, todas as frutas, para fazer doces diferentes”, destacou.
No entanto, a vontade de melhorar e diversificar os produtos a motivou a fazer outros cursos. Ela, inclusive, chegou a mobilizar as mulheres da sua comunidade para outra capacitação sobre doces. “Aprendi a fazer doce com limão para aproveitar mais a fruta. Antes eu só usava a tirinha cristalizada e hoje vendo o limão recheado”, contou.
A atividade rendeu um bom resultado e hoje toda a família a ajuda. “Mesmo estudando e trabalhando na roça, a gente trabalha junto. Hoje eu tenho carro, moto, comprei uma posse. Tudo pagando mês a mês com o dinheirinho do doce”, comemorou. Na reportagem temos a colaboração da Nathalie Guimarães, Assessora de Comunicação – Regional Viçosa