Paralisação das prefeituras e um grande encontro das cidades da Zona da Mata em Juiz de Fora para definir novas ações. Estas foram algumas das medidas tomadas pelos prefeitos, vereadores e demais autoridades presentes ao encontro realizado na manhã desta segunda-feira, 27 de novembro, em Cataguases.
Vinte e seis prefeitos, trinta e três vereadores e o deputado estadual eleito, Fernando Pacheco, participaram do evento que contou ainda com a presença do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM) Julvan Lacerda, que no início do mês entregou ao Presidente da República, Michel Temer, pedido de intervenção federal no estado de Minas Gerais por conta do confisco dos recursos destinados aos municípios.
A palavra corte foi a mais usada no encontro. O prefeito de Muriaé, por exemplo, Grego, disse estar encerrando o convênio com a Emater-MG. Já a prefeita de Guidoval, Soraia Vieira, também falou em enxugamento da administração por meio de demissões, a mesma atitude que está adotando a prefeita de Estrela Dalva, Fátima Guerra. Já Julvan Lacerda (foto ao lado) criticou o governo e elencou as muitas medidas – inclusive judiciais – tomadas pela AMM no sentido de que o governador Fernando Pimentel normalize o repasse dos recursos para os municípios, além de pagar os atrasados.
A mais recente ação neste sentido foi o pedido de intervenção federal em Minas Gerais. E foi incisivo: “O que este governo faz com os municípios é um confisco cruel de nossos recursos. É o mesmo que ir a uma padaria comprar pão e ao pagar por ele o governo fica com o dinheiro que é do dono da padaria”, comparou.
O resultado prático desta reunião em Cataguases é a realização de um encontro em Juiz de Fora, no dia 07 de dezembro, com a presença inclusive do presidente da AMM, com o objetivo de reunir o maior número possível de representantes dos municípios da região para pressionar o governo de Minas a regularizar os repasses às prefeituras. A programação deste evento ainda será elaborada e divulgada, informaram os prefeitos.
Já os municípios da nossa microrregião acertaram uma paralisação nos dias 10 e 11 de dezembro, também como forma de protesto pela situação econômica que estão vivenciando.
Espera-se que os prefeitos também definam uma estratégia de atuação com o novo governador que vai assumir dia 1º de janeiro, visando acompanhar suas ações no sentido de regularizar estes repasses. Segundo apurou a reportagem nos bastidores do encontro, “se tudo correr bem”, salientou a fonte que não quis se identificar, esta normalização deverá ocorrer somente no início do segundo semestre de 2019. As informações são do site do Marcelo Lopes.