MOTIVO DO CRIME: A mãe da criança estaria fazendo trabalhos de macumba para que a vida do acusado pelo crime não fosse bem sucedida na área sentimental. Na hora o crime a criança dormia sozinha, enquanto a mãe estava dançando forró.
Inconformados com barbaridade da morte da pequena Luana, moradores protestaram na tarde desta segunda-feira, 15/08, na porta do presídio de Manhumirim. A comunidade ficou revoltada com a história do homem que matou uma garota de apenas cinco anos de idade a facadas porque a mãe dela estava fazendo macumba para que ele não tivesse sucesso em nenhum relacionamento amoroso.
A versão foi passada pelo autor para a Polícia Militar, mas o homem permaneceu calado no depoimento à Polícia Civil, que vai investigar o caso. Ele foi preso em flagrante por homicídio.
Como a população ficou indignada com o caso, a ocorrência acabou se desdobrando em uma tentativa de linchamento contra Miguel Mariano de Souza Gomes, de 19 anos, e também motivou o protesto na porta da cadeia pública de Manhumirim. Populares agrediram o autor ainda na madrugada, quando ele tentava fugir pela rodoviária da cidade, e insistiram durante a tarde, posicionados na porta do presídio com cartazes de protesto pedindo justiça.
Segundo o sargento Roberto Sathler, da 29ª Companhia do 11º Batalhão da Polícia Militar, Miguel é natural do Ceará e, de passagem por Manhumirim, acabou ficando na cidade, onde vendia mantas, redes e outros objetos. Ele fez amizade com Rosiele Gonçalves de Oliveira, mãe da criança, e acabou morando um tempo com ela, até que tivesse condição de morar sozinho.
“Ele sempre tinha uma convivência com ela e domingo os dois tiveram uma discussão. Foi um atrito bem sério, porque, segundo ele, ela estaria fazendo macumba contra ele, que não estava conseguindo ter relacionamentos amorosos. O Miguel foi tirar satisfação sobre esse fato”, diz o militar.
A briga ocorreu na noite de domingo, mas, não satisfeito, por volta de 0h30 de segunda Miguel voltou à casa da mulher, no Bairro Nossa Senhora da Penha, e não encontrou Rosiele, que tinha ido a um forró. No local, ele achou a pequena Luana dormindo sozinha na residência e acabou cometendo o crime. Ela foi encontrada despida, com sete perfurações e com uma faca cravada na altura do ombro. Um tio da mãe da criança ouviu gritos e foi até a casa, onde viu a cena bárbara e acionou a PM.
Enquanto os militares atendiam a ocorrência, eles receberam uma informação de uma confusão em um táxi perto da rodoviária de Manhumirim. Miguel tentava fugir e foi cercado por populares, que já desconfiavam dele depois de descobrirem o crime. Um policial que estava de folga ouviu a confusão e fez a prisão do autor. Inicialmente, ele negou tudo, mas as mãos e uma jaqueta sujas de sangue indicaram o crime. Miguel, então, confessou aos PMs que matou a criança, mas não disse nada à Polícia Civil.
Como apenas dois militares estavam de serviço na madrugada, eles tiveram que solicitar reforço do 11º Batalhão, em Manhuaçu, já que cerca de 100 pessoas foram para a porta do quartel da PM em Manhumirim e prometeram linchar o autor. Os militares acabaram levando Miguel para a cidade vizinha, onde fica o plantão regional da Polícia Civil. A mãe de Luana foi encontrada em um forró e ficou em estado de choque, sem fornecer nenhuma informação aos militares que ajudasse a entender o histórico entre ela e o assassino.
Diante do novo protesto, Miguel foi transferido da cadeia de Manhumirim com apoio de equipes da Polícia Militar. Com informações do portal Uai, e portal Caparaó.