Minas Gerais possui a maior malha aeroviária do Brasil. Manter e ampliar essa infraestrutura são diretrizes da atual administração para atender às necessidades de deslocamento dos mineiros. O governador Fernando Pimentel já autorizou o início das obras em três aeródromos, nas cidades de Itajubá, Manhuaçu e Três Corações. O valor total investido será de R$ 77,2 milhões.
Os aeroportos regionais servem para conectar rotas, reduzindo o tempo de deslocamento dos passageiros com a necessidade de pegar voos em outras cidades. Eles ainda são capazes de estimular a indústria e o agronegócio local.
Em uma economia globalizada, empresários procuram regiões com boa capacidade logística para investir. Já do lado dos trabalhadores, o aeroporto é mais um atrativo para que profissionais de ponta migrem para o interior.
“Difundir a aviação executiva permite que mais áreas atraiam investimento, mas a expansão da infraestrutura aeroportuária fortalece também as aviações comercial, de passageiros e social, dando garantias de atendimento para população em situações críticas ou de emergência”, afirma o diretor de Infraestrutura Aeroviária da Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop), Marco Antônio Migliorini.
O Plano de Investimento em Aeroportos, adotado este ano, visa alinhar a política estadual para o setor com o planejamento da União. O Governo Federal pretende investir R$ 815 milhões em 33 aeroportos de Minas Gerais, sendo que um deles – o de Itajubá – partiu do zero, enquanto os outros passarão por adequação e melhorias. O estado de Minas Gerais vai ser parceiro desse processo, complementando-o. Além disso, vai atender aos aeródromos que não estão no planejamento da Secretaria de Aviação Civil.
Itajubá: A construção do aeroporto de Itajubá começou em 2011 e foi paralisada em 2014 com apenas 56,1% do projeto concluído. Para o local, estão previstos pátio de aeronaves, pista de pouso e decolagem, terminal de passageiros, seção de salvamento e combate a incêndio, sinalização luminosa de pista e obstáculos. O custo total da obra será de R$ 70,6 milhões e tem conclusão prevista para 2018. Aeronaves com capacidade até 50 passageiros vão poder operar no local. Localizada a 445 km, Itajubá foi escolhida para receber o investimento pelo potencial socioeconômico da região e proximidade estratégica com São Paulo.
Três Corações: O aeródromo de Três Corações não opera desde 2013, quando foram constatados riscos para as aeronaves. A pista de terra batida estava comprometida. A administração estadual passada encaminhou, em 2012, contratação de empresas de projetos e obras para modernização, processo que foi também foi interrompido em 2014 por falta de dotação orçamentária. Problema que foi corrigido neste mês. Foi publicado no Diário Oficial de 14/8 ato que garante R$ 6,1 milhões para pavimentação da pista de pouso e decolagem, construção de pátio para aeronaves e zona de taxiamento. A conclusão está prevista para o primeiro semestre do ano que vem e, a partir daí, serão autorizados voos empresariais e sociais, aqueles para atendimento de emergências como transplante de órgãos, emergências de saúde ou calamidades públicas.
Manhuaçu: O aeroporto de Manhuaçu foi inaugurado em 2008. Mesmo com o investimento de R$ 8,6 milhões, financiado em parte pelo Governo Federal, as operações começaram sem todos os requisitos de segurança. Por isso, a Agência de Aviação Civil (Anac) deu permissão somente para voos de aeronaves com até 50 passageiros e no período diurno. Essa restrição causou descontentamento dos usuários, pois a expectativa era a de receber um aeroporto que estivesse em pleno funcionamento. Sensível à demanda de mais de cinco anos dos moradores da Zona da Mata, o Governo do Estado autorizou empenho de R$ 566 mil para compra e instalação da sinalização de segurança.
Estão previstos 90 dias de trabalhos para adequar o aeroporto de Manhuaçu às exigências de segurança para que a cidade receba voos noturnos.