Vacina contra o HPV divide não apenas mães evangélicas, mas também a comunidade científica, que aponta falhas graves no tratamento.
O boicote de algumas mães evangélicas à campanha de vacinação contra o vírus HPV – que é sexualmente transmissível – cresceu e rendeu discussões nas redes sociais e motivou reportagens especiais de grandes veículos de comunicação.
A iniciativa das mães evangélicas em proibir que suas filhas, com idades a partir de 11 anos, fossem vacinadas contra o HPV se deu por motivos religiosos – o princípio de que o sexo deve ser praticado somente após o casamento e numa relação de fidelidade.
A ideia de que, seguindo esses preceitos, as meninas evangélicas estariam prevenidas contra a infecção pelo vírus HPV no entanto foi questionada por muitos internautas.
Eficácia
No entanto, mesmo com o argumento do ponto de vista religioso sob questionamento, há outros complicadores que orbitam a vacina, que é oficialmente chamada de Gardasil. Especialistas apontam que a infecção pelo HPV pode acontecer mesmo sem a prática sexual, sendo necessário apenas o contato íntimo para a transmissão.
Além disso, existem aproximadamente 100 subtipos do HPV e a vacina é preventiva para a maioria deles, mas existem alguns que ainda são resistentes ao Gardasil, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
Outro fator que coloca em xeque a vacina contra o HPV é o fato de ela não ter efeito sobre pessoas que já tenham algum subtipo do vírus. O Gardasil só surtiria o efeito de proteger a paciente dos subtipos pelos quais ela ainda não tivesse sido infectada, de acordo com o médico de família e comunidade Rodrigo Lima, que apresentou pontos questionáveis sobre o assunto durante o Congresso de Prevenção Quartenária no último mês de novembro.
Prevenção
O principal argumento a favor da vacinação contra o HPV é que, com a vacina, as meninas estaria protegidas contra a maioria dos subtipos do vírus, e com isso, evitariam a chance de formação de câncer de colo do útero.
No entanto, o câncer de colo do útero pode surgir por outros fatores, e sua evolução é considerada muito lenta pelos especialistas, pois leva em torno de dez anos e, através do papanicolau – indicado para mulheres entre 25 a 64 anos – é possível detectar fases precursoras do câncer, independentemente se a origem for a contaminação pelo HPV ou qualquer outro fator.
É consenso na comunidade médica que a vacina contra o HPV não exclui a necessidade de realização do exame papanicolau para a prevenção correta do câncer.
Efeitos colaterais
Já existem registros ao redor do mundo de casos de doenças graves atribuídas à vacina contra o HPV, como a síndrome de Guillain-Barré, esterilidade, falência ovariana e uveítes, além de diversas ocorrências de convulsões e desmaios após a vacinação.
Uma adolescente norte-americana gravou um vídeo relatando as complicações que teve após ser submetida à Gardasil como prevenção ao HPV. Ela revela que toda sua vida social foi arruinada por conta das fortes dores musculares e desmaios constantes, além da insensibilidade nas pernas em alguns momentos e de erupções na pele.
Como consequência das complicações, agora a jovem – antes saudável – precisa de acompanhamento médico constante e de diversas doses de remédio que minimizam os efeitos colaterais da vacina, o vídeo pode ser visto no noticias.gospelmais.com.br
Na França o laboratório que produziu a vacina está sendo processado por diversas jovens que teriam sofrido problemas de saúde após tomarem a vacina, entre os efeitos apresentados estão cegueira e paralisia.
Há pouco tempo o Japão cancelou a distribuição da vacina devido aos efeitos adversos graves que afetaram a população.