A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, na quarta-feira
(15), a segunda fase da operação “Fraudator”, com investigações que
apuram uma série de estelionatos que teriam sido praticados por uma associação criminosa que se articula em Muriaé.
Foram cumpridos dez mandados judiciais de busca e apreensão na cidade, entre eles, um mandado no município de Patrocínio do Muriaé.
Em decorrência das buscas, produtos foram apreendidos onde reside um dos investigados, um homem de 35 anos, e foi constatada a existência de uma espécie de fábrica clandestina no local, que seria voltada para a falsificação de produto de beleza, vendido como “máscara capilar”.
O suspeito foi autuado em flagrante delito pelo crime de falsificação de cosmético. Outros produtos de origem suspeita foram localizados em outros alvos da operação.
A primeira etapa da manobra, desencadeada em agosto do último ano, resultou na recuperação de um contêiner refrigerado, avaliado em R$35 mil, e na apreensão de objetos adquiridos de forma fraudulenta e de, aproximadamente, R$15 mil.
De acordo com informações do Delegado Fábio Correia do Nascimento, a equipe de policiais civis encontrou frascos com o produto engarrafado, inclusive, com rótulo próprio criado pelo investigado para dar publicidade e contornos de legalidade ao produto fabricado.
Além dos rótulos já colados nos recipientes, prontos para comercialização, também foram localizados, em grande quantidade, rótulos para futura colagem, contendo nome fantasia para o produto. Além disso, a PCMG encontrou um grande recipiente plástico (um balde de aproximadamente 60 litros), contendo quantidade da substância preparada pelo investigado, denominada
por ele como “máscara capilar”.
As substâncias – presentes nos recipientes para venda e no balde –
apresentavam forte odor da substância química denominada formol. No decorrer das buscas, também foi localizado um recipiente vazio, com rótulo que dizia se tratar de formol, mistura que deveria ser utilizada de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O local onde se fabricava o produto, bem como o balde em que
era feita a mistura de substâncias para gerar a “máscara capilar”,
apresentava péssimas condições de higiene.
A ação de ontem contou com o apoio dos investigadores da 4ª Delegacia Regional de Muriaé e da Delegacia da comarca de Eugenópolis.
As investigações seguem com a análise de novos elementos colhidos,
coordenadas pelo Delegado Fábio Correia e a atuação da equipe da
Delegacia Especializada de Defraudações em Muriaé.