O Presídio Feminino de Eugenópolis, localizado na Zona da Mata mineira, ganhou novas instalações para um cumprimento de pena mais humanizado, além de melhorias da estrutura de segurança.
Uma cela para presas do regime semiaberto, com 18 vagas e duas oficinas de trabalho, foram inauguradas com a presença dos servidores da unidade, do prefeito municipal (Vasquinho) e do juiz local, (Daniel Reche), depois de sete meses de trabalhos diários executados por quatro presos da Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, de Muriaé.
Além da ampliação, a unidade também recebeu um novo circuito fechado de TV, com 16 câmeras que vão contribuir para aprimorar a segurança da edificação.
Os 150 metros quadrados de construção foram viabilizados por meio de verbas das multas pecuniárias aplicadas pelo Poder Judiciário local. Ao todo, R$ 62 mil foram investidos nas obras, que resultaram em um aumento de 30% das vagas e possibilitarão, inicialmente, que mais 24 presas que cumprem pena em Eugenópolis possam trabalhar. Isso porque as novas oficinas de trabalho receberão reclusas do regime fechado que estão sendo capacitadas para produzir os lençóis que serão distribuídos para unidades prisionais de todo o estado.
“As parcerias são importantes para que possamos melhorar não só as relações institucionais, mas para criar vínculos que geram bons frutos. As verbas do tribunal têm ajudado as unidades a criarem novas oportunidades de trabalho para as detentas, além de ofertarem melhores condições de trabalho para os servidores do sistema prisional”, diz o diretor-geral do Presídio de Eugenópolis, Francisco Alves da Silva Neto, que é também diretor regional da 4ª Região Integrada de Segurança Pública.
Além das presas que trabalharão nas novas oficinas de costura, outras trabalham na horta da unidade, também em parcerias com a prefeitura local, em empresas privadas e no interior da unidade realizando atividades diversas.
Com as novas vagas, cerca de 40% das internas de Eugenópolis desempenharão atividades laborais. Recentemente, o presídio foi o único selecionado para participar do projeto “Quintais produtivos – Mulheres em redes de colaboração solidária, alternativa que gera vida e renda”, do Instituto Boa Esperança, em parceria com o Banco do Brasil.
Desde sua inauguração, em 2015, o presídio investe no cultivo de hortaliças, que são colhidas e distribuídas para instituições de caridade do município, como o hospital local, Apae, creche municipal e asilo. O curso recebido pelas presas durante o projeto aprimorou ainda mais o trabalho que já era realizado na unidade, além de diversificar a produção de alimentos. Semanalmente, servidores fazem a distribuição de tudo o que foi colhido na unidade prisional.
Além dos servidores e direção da unidade, participaram da inauguração do novo espaço o juiz Daniel Reche, o prefeito Vasco Caldas (Vasquinho), membros do Ministério Público e da sociedade civil.
Foto: Divulgação/Sejusp